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19 de junho de 2013

Chico Buarque!



"O meu sonho voa alto
Que de tão alto quase toca o infinito,
mas de repente, me traz de volta a realidade ,
essa verdade que não me traz nada de bonito.

Queria tanto ser um Chico, uma pena... 
Acho que só dá pra ser Francisco..." (LCG)


Bem, Minha Gente! No ano passado, nesta mesma data, falamos do grande Gracia do Salgueiro, em citação a passagem de seu aniversário, entretanto, sem deixarmos de esquecer que nesta data também aniversaria uma da figuras mais importantes da música popular brasileira, um verdadeiro gênio da composição, além de excelente músico, dramaturgo e escritor brasileiro, a quem hoje rendemos tributos : O Grande Chico Buarque!
Falar de Chico é fácil, ao mesmo tempo que difícil... Simples só que de um jeito complicado... Tanto faz, já que são tantas as suas faces musicais e seu conteúdo propagador, mas que com certeza é facilmente detectável na percepção de quem quer que seja, afinal, o Brasil todo já ouviu Chico!
Desta forma, apenas como uma simples homenagem, citamos a introdução de uma de suas biografias, como uma forma de contribuir, mesmo que de forma singela, na comemoração de seus sessenta e nove anos de vida e música.
Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de junho de 1944. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB), sendo que sua discografia é extremamente extensa, contendo entre eles com discos-solo, em parceira com outros músicos e compactos.
Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, escreveu seu primeiro conto aos 18 anos, ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, tendo vencido o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. Socialista declarado, autoexilou-se na Itália em 1969, devido à crescente repressão da regime militar do Brasil, nos chamados "anos de chumbo", tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.
Foi casado por 33 anos com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa. Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina, mas, ao contrário da crença popular, Aurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico.
A esse monumental personagem da música popular brasileira, registramos assim nosso humilde: PARABÉNS!

Feijoada Completa
(Chico Buarque)


Mulher, você vai gostar:
Tô levando uns amigos pra conversar.
Eles vão com uma fome
Que nem me contem;
Eles vão com uma sede de anteontem.
Salta a cerveja estupidamente
Gelada pr'um batalhão
E vamos botar água no feijão.

Mulher, não vá se afobar;
Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar.
Ponha os pratos no chão e o chão tá posto
E prepare as lingüiças pro tiragosto.
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão.

Mulher, você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar:
Arroz branco, farofa e a malagueta;
A laranja-bahia ou da seleta.
Joga o paio, carne seca,
Toucinho no caldeirão
E vamos botar água no feijão.

Mulher, depois de salgar
Faça um bom refogado,
Que é pra engrossar.
Aproveite a gordura da frigideira
Pra melhor temperar a couve mineira.
Diz que tá dura, pendura
A fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão.

     
Vai Passar
(Chico Buarque / Francis Hime)

Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade
Essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar 
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)

Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar

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Bragança Paulista, SP
A Ala de Compositores da Faculdade do Samba Dragão Imperial possui cerca de 40 membros, dos quais grande parte todos os anos escrevem e participam do concurso da escolha do samba enredo da Azul e Rosa. Os Poetas Imperiais, como também são denominados, realizam rodas de samba semanais nas quais relembram sambas de diversos ícones desse ritmo brasileiro, com um tempêro todo seu na "quase famosa" Panela Imperial, que inclusive já se apresentou em algumas cidades, como Serra Negra, além da sua Bragança Paulista. Esse blog é um veículo para a divulgação das atividades da Ala, de dados culturais relativos ao samba, além de ser um espaço para que nossos compositores divulguem suas letras, os áudios de seus sambas, postem fotos de eventos realizados e muito mais...

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